A Torre de los Perdigones reabre as suas portas ao público com uma oferta alargada que representa um primeiro marco na estratégia de recuperação do património industrial de Sevilha e que abre novos roteiros turísticos e culturais fora do centro histórico, neste caso, a norte e o bairro de Macarena.
A incorporação da Torre de Perdigones à oferta da cidade é, como comentou o delegado Francisco Javier Páez, também uma oportunidade para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e visitantes, pois permitirá uma melhor distribuição dos fluxos turísticos, desviando-os para a Macarena e ganhando um espaço para o usufruto e convivência dos residentes.
Nesta linha, o ato serviu para reconhecer o trabalho realizado pelo líder do bairro Ángel Hueso, que comemora 50 anos à frente do movimento associativo e que tem mostrado seu envolvimento na abertura de novos roteiros turísticos no norte de Sevilha.
A torre é recuperada com a câmera obscura, um artefato mágico que permite ver Sevilha de uma maneira diferente, e o mirante privilegiado que mostra a cidade e sua área metropolitana a 45 metros de altura. E é acompanhado por uma viagem através de painéis pela história de Perdigones e da Sevilha industrial.
Novos itinerários por La Macarena
Pretende-se que este seja um marco a partir do qual partam novos roteiros pela Macarena, ligando aquele passado de indústria que ela teve. De fato, existe um mapa que já indica cerca de vinte edifícios e complexos de interesse e que será trabalhado a partir de agora pela Prefeitura de Sevilha. Nos próximos dias, vai começar o processo de concessão do edifício anexo à torre, um restaurante que voltará a abrir as portas para servir os visitantes deste enclave.
A antiga torre da fundição São Francisco de Paula, de 1885, pode ser visitada de quarta a domingo, das 10h às 14h, inicialmente. E os bilhetes devem ser adquiridos online ao preço geral de cinco euros.
O dia começou com atividades destinadas aos escolares, nas quais participaram 80 crianças dos Altos Colegios Macarena, que desde a sua fundação em 1894 estão ligados a este corredor de indústrias que se estabeleceu no século XIX nesta área de Sevilha. As crianças interagiram em um debate com o professor Julián Sobrino, que foi acompanhado pelo arquiteto Isell Guerrero, também mestre em Patrimônio Industrial. E depois conseguiram fazer um recorte 3D da torre, para além de outros materiais plásticos que também recordam como se iniciou o processo de recuperação da torre em 1992, no contexto da Expo 92.