Uma mulher foi detida em Setembro passado na localidade de Dos Hermanas, depois de ter sido considerada a alegada autora da fraude num montante total de 314.390,58 euros a diferentes empresas localizadas em Espanha, Israel, Grécia, Malta e Alemanha.
Os factos tiveram origem em Madrid, quando uma empresa espanhola apresentou uma denúncia alertando sobre a falsificação da sua identidade corporativa através de email, fazendo com que um dos seus clientes, uma empresa israelita, pagasse o valor de 16.164,66€ para uma conta bancária localizada em Dos Hermanas.
Empresas da Grécia, Malta e Alemanha como vítimas favoritas
Ele modo de operação usado pelo suposto autor, conhecido como «Homem no meio», consiste em personificar a identidade de uma empresa (fornecedor), e após personificá-la, enviar faturas dirigidas a outras empresas (clientes), para que estas efetuem as correspondentes transferências para uma conta bancária sob o seu controlo, e assim posteriormente distribuir ou transferir o dinheiro para outras contas de terceiros de diferentes entidades, ou efetuar pagamentos em dinheiro, dificultando assim a localização e rastreamento do dinheiro fraudado.
Através desta tipologia criminosa, a alegada autora conseguiu apreender lucros ilícitos superiores a 300.000,00€, recorrendo para o efeito a uma rede de contas bancárias criadas para o efeito, constituídas por um total de catorze, quer em seu nome, quer em nome de empresas. onde o detido era também o único sócio e administrador.
Operação Mediterrâneo
A localização destes acontecimentos na localidade sevilhana fez com que a investigação da Polícia Nacional se concentrasse nela para localizar o destino do dinheiro fraudado.
Graças às investigações realizadas pelos investigadores, foi possível identificar outras empresas vítimas de acontecimentos semelhantes, localizadas na Grécia, Malta e Alemanha, que já tinham reportado os acontecimentos às autoridades competentes dos respetivos países.
Este tipo de incidentes relacionados com o cibercrime tem aumentado nos últimos anos, razão pela qual a Polícia Nacional está imersa em constante renovação e especialização para combater este novo cibercrime.