Pesquisadores sevilhanos desenvolvem sistema para fornecer cobertura com drones

Uma equipa de investigadores da Universidade de Sevilha desenvolveu um sistema “inteligente” que posiciona drones de forma autónoma para alargar a cobertura de redes móveis, como redes Wi-Fi. Desta forma, permitem chamadas de emergência em locais perigosos e melhoram o acesso à Internet em locais de grande procura, como concertos ou eventos desportivos.

A vantagem que esta proposta apresenta sobre outras tecnologias ou algoritmos é que oferece acesso a praticamente todos os dispositivos com acesso a uma rede Wi-Fi. Além disso, minimiza o número de drones implantados para realizar este trabalho e pode ser controlado a partir de um laptop normal, sem requisitos especiais.

Embora este tipo de serviços de drones já existissem e permitissem aumentar a capacidade ou cobertura Wi-Fi, não garantiam chamadas com cobertura mínima (ou seja, sem interrupções, atrasos e intermitências) de qualquer lugar. Além disso, exigem que o terminal móvel seja compatível com tecnologias muito recentes e inacessíveis a todos os públicos, como o 5G. Por outro lado, a saturação da rede wireless quando muitas pessoas a acessavam degradou a qualidade do serviço e foi necessária uma frota muito grande de drones.

Cobertura de garantia

Para resolver estas deficiências, os investigadores desenvolveram um código informático que utiliza modelos estatísticos para, por um lado, prever a qualidade das chamadas dentro de uma rede Wi-Fi e, por outro, criar um método para procurar o posicionamento ideal dos drones. com acesso à rede. Em última análise, a função deste algoritmo é detectar automaticamente qual localização física e qual drone oferece a melhor conexão para cada usuário. Assim, ele se conecta com drones que ficam posicionados de forma inteligente no local indicado.

Esses tipos de códigos são chamados de algoritmos genéticos, pois exploram e evoluem por conta própria para encontrar soluções para possíveis problemas. Por exemplo, se os usuários se movimentassem, o algoritmo utilizado pelos drones desenvolvido pelos pesquisadores “procuraria” outro local com melhor cobertura de forma autônoma e mudaria de posição periodicamente. “Isso garante que as pessoas que se encontram numa situação de emergência ou num evento lotado possam fazer chamadas ou ter uma ligação mínima à Internet”, afirma o investigador Vicente Mayor, da Universidade de Sevilha.

Os investigadores resolvem estas questões com a sua proposta, visto que uma das vantagens desta inteligência artificial é que reduziria o número de drones necessários para oferecer este serviço. Os usuários podem utilizar o serviço a partir de qualquer dispositivo, como celulares e tablets, e é controlado a partir de um computador normal, sem requisitos tecnológicos específicos. “Para verificar o funcionamento do sistema, testamos a eficácia do algoritmo através de uma simulação computacional, representando um número variável de usuários espalhados por um campo que fazem chamadas periódica e aleatoriamente, e executando a proposta de garantia do serviço de voz”, explica Vicente. .Idoso.

Simulação

Atualmente o sistema está limitado à interação entre o utilizador e um drone, mas o próximo passo desta investigação levada a cabo pelo grupo TIC-154, que funciona na Escola Técnica Superior de Engenharia, no Parque Científico e Tecnológico da Cartuja, seria desenvolver um método para os drones gerenciarem chamadas entre si até chegarem a uma antena telefônica, se necessário. Desta forma, a cobertura móvel poderia ser ampliada ainda mais.

Além disso, os cientistas estão focados no desenvolvimento de um método que lhes permita identificar e classificar ataques cibernéticos usando técnicas de detecção de anomalias. Ou seja, um detector que monitora o tráfego da rede e o avalia com base em critérios de normalidade. Este algoritmo serviria para prevenir e impedir ataques informáticos que poderiam afetar tanto estes drones como equipamentos pessoais e de escritório.

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