Um sevilhano foi condenado a nove anos e oito meses de prisão e a pagar uma indemnização superior a 14 mil euros, depois de tentar matar o genro enquanto este trabalhava num quiosque que dirigia na capital sevilhana. O recurso interposto pela defesa do réu foi negado e o Tribunal Superior de Justiça da Andaluzia (TSJA) ratificou a sentença que lhe foi imposta em primeira instância.
Os fatos ocorreram no dia 15 de maio de 2021, por volta das 14h, quando o réu, com antecedentes criminais, compareceu ao quiosque onde trabalhava o genro portando arma de fogo. Foi então que, aproveitando-se do facto de estar a despachar alguns menores, aproximou-se da janela, afastando os menores e inserindo uma arma, com a intenção de acabar com a vida do marido da filha. O arguido disparou um primeiro tiro, ao mesmo tempo que dizia “e agora, viado…”, atingindo este último na parte direita do abdómen. Após o primeiro ataque, ele disparou um segundo tiro, que, ao se virar tentando fechar a janela e evitar ser atingido novamente, atingiu a coxa esquerda. As lesões sofridas pela vítima o deixaram com lesões por 30 dias, além da perda da qualidade de vida e danos estéticos secundários.
“Seu marido ficou sem merda”
Ao sair, o arguido passou por baixo da janela da casa da filha, muito perto do quiosque, e apesar de ter em vigor a proibição de se aproximar do mesmo a menos de 500 metros e de se comunicar com ela por qualquer meio, que lhe tinha sido imposta a 26 de setembro de 2020, quando a viu debruçada à janela, para onde se dirigira ao ouvir os disparos, disse-lhe “O teu marido ficou sem merda…”.
Por este motivo, e após negar provimento ao recurso interposto pela defesa do arguido, é condenado a oito anos e seis meses de prisão por tentativa de homicídio e a um ano e dois meses de prisão pelo crime de porte ilegal de arma. Além disso, é condenado a pagar uma indemnização de 14.860 euros.