A Polícia Nacional deteve o gerente de um lar de idosos e um zelador em Sevilha, como supostos autores de um golpe de quase 200.000 euros contra um idoso gravemente doente.
Os detidos, presumivelmente, teriam conseguido figurar como autorizados nas contas bancárias da vítima, fazer múltiplos investimentos e ainda subscrever um seguro de vida no valor de 20.000 e 25.000 euros.
A investigação teve início quando a Polícia Nacional foi informada, através de denúncia, que o património financeiro de um idoso podia estar a ser manipulado pela gerente e pela zeladora do centro onde estava internado devido a uma doença cognitiva grave, que o impedia de sendo capaz de se desenvolver por si só.
Os agentes puderam apurar, após a análise das investigações obtidas, que a partir do momento em que a vítima entrou no lar de idosos, as suas contas bancárias começaram a ser esvaziadas, onde constavam os dois detidos como autorizados.
Os responsáveis conseguiram constar como autorizados nas contas bancárias da vítima
Os investigados manipularam o património económico dos idosos e para obter um benefício ilícito fizeram múltiplas compras pela Internet, contrataram produtos de banca de investimento, seguros de vida no valor de 20.000 e 25.000 euros e fizeram levantamentos mensais de grandes quantias em dinheiro , por meio de cheques bancários, bem como sacar o dinheiro diretamente nos caixas eletrônicos das diversas agências.
Tudo isto não despertou a atenção das entidades bancárias, pois era habitual o gestor do centro acompanhar os residentes para a realização de procedimentos de rotina.
Depois da morte do idoso, os agora detidos autores da burla vieram cobrar o seguro de vida que o defunto teria subscrito meses antes da sua morte e a residência para idosos de Sevilha fechou, tendo o seu administrador desaparecido durante algum tempo, até ser localizado ao abrir um novo negócio, em outra parte da cidade.
O valor fraudado e desviado pelos supostos autores ascendeu a cerca de 200 mil euros, razão pela qual foram detidos pela Polícia Nacional e colocados à disposição da Autoridade Judiciária.