Inversão térmica retém poluição no céu de Sevilha

As baixas temperaturas desta manhã em Sevilha provocaram um fenômeno conhecido como inversão térmica, que consiste no aumento da temperatura do ar com a altitude, ou seja, à medida que subimos em uma camada da atmosfera encontramos temperaturas cada vez mais altas. Recebe esse nome porque costuma acontecer o contrário: a temperatura cai com a altitude.

As consequências desse fenômeno são uma espécie de cortina de fumaça preta que vai desaparecendo com o aumento das temperaturas. Isso ocorre porque a inversão térmica pode fazer com que a poluição do ar (caso de Sevilha), como smog ou neblina, fique presa perto do solo, com efeitos nocivos à saúde. Uma inversão também pode interromper o fenômeno da convecção, agindo como uma espécie de teto.

As inversões térmicas limitam os movimentos verticais do ar porque, caso uma bolha de ar subisse, encontraria ar cada vez mais quente (menos denso) e, portanto, tenderia a retornar ao seu nível original. As inversões dificultam muito a formação de nuvens verticais de desenvolvimento. No inverno, em situações de estabilidade, geram-se inversões térmicas em que o ar frio tende a ficar confinado ao fundo do vale, dando origem a nevoeiros e bancos de nevoeiro se as condições de humidade forem adequadas.

Existem diferentes tipos de inversões, como a inversão de subsidência, que é formada pelo movimento descendente do ar nos anticiclones, ou a inversão dos ventos alísios, formada entre a camada úmida e fria que acompanha os ventos alísios e a massa quente descendente superior.

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