A recuperação da população é um dos principais objetivos do governo municipal da capital sevilhana. O seu porta-voz, Juan Manuel Flores, confiou que a estratégia implementada pela prefeitura desde 2015, focada em medidas de impulso econômico, no plano habitacional de iniciativa pública e privada, no desenvolvimento urbano e na melhoria da gestão do cadastro, conseguiu parar o declínio e até iniciar uma recuperação progressiva dos habitantes, embora, lembrou, a pandemia tenha interrompido este progresso em Sevilha e em muitas outras cidades.
A este respeito, Flores sublinhou que “nos últimos anos foram concedidas 10.000 licenças para novas habitações e continuamos a trabalhar para aproveitar todas as bolsas de oportunidades fundiárias e urbanísticas que a cidade tem e que foram definidas no PGOU”. Neste sentido, lembrou o desbloqueio (conseguido através do trabalho técnico da Direção de Urbanismo, agilidade e eficiência na gestão e um quadro adequado de colaboração público-privada) de terrenos e projetos que estavam paralisados há décadas e que hoje “eles já são uma realidade ou estão prestes a se tornar uma.”
Neste sentido, foi dado o exemplo dos pisos da Fábrica de Vidros que já se encontra em construção; o desbloqueio dos pisos das oficinas da Flórida que permitirá a construção de 35 moradias e um novo espaço de uso público com mais de 600 metros quadrados; a zona envolvente de Santa Justa, que apenas aguarda aprovação final para gerar um grande espaço livre em frente à estação, um nó de ligação, novas actividades económicas e residenciais, ou a fábrica de algodão Alcosa, que já realizou as obras de demolição e está iniciando em breve a execução das primeiras moradias.
A zona sul, cenário de recuperação populacional
Flores destacou especialmente a expansão da zona sul da cidade, com os projetos Palmas Altas, Artillería e Guadaíra Sur que estão em construção com mais de 4.000 moradias em andamento; Hacienda del Rosario e os novos blocos residenciais com casas já entregues e outras em construção; os quarteirões Florida ou Barqueta, vazios urbanos que já foram totalmente reabilitados e estão a ser entregues aos seus novos proprietários; a antiga fábrica de tabaco Los Remedios que entrará em funcionamento nos próximos meses após a aprovação da modificação do PGOU ou dos pisos da fábrica Cruzcampo.
«O governo continua a trabalhar numa estratégia completa e abrangente que temos a certeza que funcionará nos próximos anos, assim que começar a ser entregue a nova habitação pública e privada que tem sido promovida nos últimos anos. A geração de empresas e os projetos estratégicos que temos em curso em Sevilha são iniciativas que nos permitirão crescer como cidade nos próximos anos.
Assim, estima-se que com estratégias de curto, médio e longo prazo que nos permitirão recuperar a cifra de 700 mil habitantes nos próximos anos graças a projetos que permitem reter talentos e gerar oportunidades para os jovens e atrair profissionais que possam desenvolver sua atividade laboral na cidade.