Humanização do parto por cesariana em Valme

O Hospital Universitário Valme de Sevilha estabeleceu um protocolo de atendimento em sua sala de parto que visa promover a humanização do nascimento após o parto por cesariana. Representa uma inovação em relação ao circuito estabelecido na maioria dos hospitais; visto que, ao invés de separar a mãe do neonato após a cesárea com transferência para a Sala de Reanimação, a nova prática clínica possibilita a recuperação da mãe nas instalações da sala de parto junto com o filho recém-nascido e o acompanhante escolhido pela gestante, sem necessidade de rompimento do vínculo afetivo.

Por sua vez, o papel da parteira neste novo programa de cuidados é muito ativo, destacando a coordenadora deste grupo no hospital de Sevilha, Mª Ángeles Fernández, que “o momento do nascimento é um momento único; portanto, sempre que a situação o permita, devemos contribuir para minimizar os efeitos da cirurgia, procurando tornar o puerpério imediato o mais próximo possível de um parto vaginal”.

‘Contato pele a pele’ em cesarianas

Um dos benefícios mais importantes proporcionados por este novo protocolo é o estabelecimento do programa ‘Contato pele a pele’ após cesariana. É o período imediatamente após o parto em que a mãe e o recém-nascido permanecem nus e em contato permanente, preferencialmente em ambiente pouco iluminado e silencioso. Durante as primeiras duas horas de vida, o bebê experimenta um estado denominado período sensívelcausada por uma descarga hormonal que ocorre durante o trabalho de parto em que o bebê está totalmente receptivo ao ambiente externo.

Ratificou a segurança desta prática e o seu benefício como método promotor da amamentação (com o aumento das suas taxas e maior duração da mesma); acrescenta outras vantagens como aumento da satisfação materna percebida através de maior cordialidade na assistência. Com isso, o Hospital Universitário avançou mais um passo com a inovação de estendê-lo ao pós-parto imediato de cesarianas através da colaboração dos serviços de Obstetrícia, Anestesiologia e Pediatria.

Assim, a iniciativa materializada neste centro faz com que este lidere um indicador de Boas Práticas Clínicas na fase perinatal: contato pele a pele entre mãe e recém-nascido após o nascimento, seja por parto vaginal ou por cesariana. Este indicador é considerado um fator de assistência de excelêncial Porque oferece múltiplos benefícios para a mãe e para o recém-nascido: reduz o nível de estresse da mãe, facilita o desenvolvimento do vínculo afetivo, favorece o sucesso da amamentação e a adaptação do recém-nascido à vida extrauterina.

Promove a taxa de amamentação

Este protocolo de humanização permite o contato pele a pele após cesariana começa na mesma sala de cirurgia e seguir imediatamente com alojamento conjunto mãe-filho durante as horas após a cirurgia. Uma situação que, segundo a chefe do serviço de Ginecologia e Obstetrícia, Rosa Ostos, “comparativamente à cesariana convencional, favorece a primeira amamentação; conferindo maior possibilidade de sucesso na amamentação.

A colocação da criança no peito da mãe permite reconhecimento olfativo e primeiro contato visual entre ambos. Portanto, é muito importante para o sucesso posterior da amamentação aproveitar o período sensível inicial nas primeiras duas horas após o nascimento. Após esse período, o recém-nascido entra em um período de sonolência e fica menos propenso a exigir o seio.

É justamente esse período imediato que favorece a primeira amamentação é aquele em que, no caso da cesárea habitual, mãe e recém-nascido são separados. Pelo contrário, como salientam os especialistas envolvidos neste programa de assistência, “juntamente com a melhoria da satisfação materna, há evidências de que o contacto pele a pele e a primeira alimentação no período sensível do recém-nascido favorecem a duração do taxas de amamentação em comparação com a cesariana tradicional.

Indicações para inclusão de cuidados pós-cesárea em sala de parto

A indicação da permanência da paciente na sala de parto para o pós-operatório imediato da cesárea, e sua inclusão neste programa de cuidados, será a critério do anestesiologista responsável pela paciente. Este especialista é responsável pela avaliação individualizada, pelo histórico pessoal, pela indicação de cesariana e pelo desenvolvimento intraoperatório do ponto de vista cirúrgico e anestésico, determinando assim a sua permanência ou a sua transferência para a Unidade de Recuperação Pós-Anestésica.

Conforme detalhou a chefe do serviço de Anestesiologia, Mercedes Echevarría, “o protocolo seguido pelos nossos especialistas para inclusão neste programa de cuidados baseia-se em indicações de três secções: patologia prévia, complicações anestésicas e complicações obstétricas”.

As indicações determinadas pelo estado da paciente são definidas pela ausência de patologia materna que requeira acompanhamento atento, tanto de origem obstétrica como de outra natureza. Quanto às indicações determinadas pelo procedimento cirúrgico ou procedimento anestésico, estão ligadas à ausência de complicações intraoperatórias ou ao alto risco de complicações pós-operatórias.

Monitores de recuperação para monitoramento permanente do paciente

Quando se trata de pacientes de baixo risco, o protocolo contempla a realização de monitoramento básico e não invasivo por meio de telemedicina, com cuidados pós-operatórios semelhantes aos realizados nas unidades de Reanimação. Um monitoramento que é mantido durante toda a permanência da mãe na sala de pós-parto na sala de parto até a alta para retorno ao andar de internação, que dura aproximadamente duas horas, e sempre sob supervisão do anestesista.

Para estes cuidados materno-fetais pós-cesárea e alojamento conjunto na Unidade de Parto, este centro tem disponibilizado o salas pós-parto de uma infra-estrutura que garanta a sua monitorização permanente. Trata-se do fornecimento de monitores para controle de sinais vitais, equipamento para manta térmica e foco infravermelho se necessário, e campainha para controle de parteiras operacionais. Além disso, a partir do controle desses profissionais, estabeleceu-se um circuito de comunicação para a visão permanente do bem-estar da gestante em todos os momentos.

Junto ao suporte técnico desse acompanhamento, a equipe da Sala de Parto está capacitada para avaliar essas mães e seus recém-nascidos, com alto grau de comprometimento para que esse avanço na humanização do parto em nosso hospital seja realizado de forma segura e educativa. a satisfação das famílias.

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