O pessoal dos diferentes Corpos de Emergência deve estar preparado para atuar em qualquer desastre imprevisto, como um incêndio ou um terremoto. Em Aznalcázar, um grande exercício de emergência pôs fim ao “Curso de Gestão de Riscos Sísmicos: Prevenção, Planeamento, Operações e Experiências”, um ambicioso programa de formação realizado esta semana sob a direção do Instituto de Emergências e Segurança Pública da Andaluzia (IESPA). ).
A simulação, com que encerrou a reunião na tarde da passada sexta-feira, teve como objetivo colocar em prática os conhecimentos, ferramentas e competências expostas durante o desenvolvimento deste curso de risco sísmico, que durante uma semana abordou as necessidades de previsão e prevenção a serem preparadas para uma possível emergência real.
A simulação propôs a recriação de um terremoto com epicentro em Huévar del Aljarafe (Sevilha), o que implicaria a ativação da Situação 2, fase provincial, do Plano de Emergência para Risco Sísmico na Andaluzia. Diante deste cenário, alguns dos conhecimentos desenvolvidos durante os treinamentos foram colocados em prática, como o desdobramento e operação operacional do Posto de Comando; a ativação e funcionamento da estrutura e grupos do Plano de Emergência para Risco Sísmico na Andaluzia; o desenvolvimento de competências e protocolos de atuação em estruturas colapsadas; a implantação de um Centro de Atendimento às Vítimas; informação à população; a implementação das ferramentas e tecnologias disponíveis para a gestão de emergências ou pedidos de ajuda externa do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
Os mais de 30 alunos participantes do curso – entre eles policiais locais, agentes do Corpo Nacional de Polícia e da Guarda Civil, bombeiros, Unidade de Emergência Militar (UME), técnicos municipais de Proteção Civil, Cruz Vermelha, Colégio de Psicólogos e Emergências pessoal técnico – foram divididos em quatro grupos de ação organizados em forma de oficinas para ensaiar operações e protocolos que realizariam em caso de episódio sísmico grave.
A primeira das oficinas pôs em prática a constituição de um Posto de Comando Avançado (PMA), de onde é dirigida a coordenação dos meios e recursos envolvidos. Assim, os participantes analisaram os possíveis danos, o número de vítimas e a extensão das áreas afetadas; realizando as ativações precisas de planos e comunicações.
Num segundo workshop, com a colaboração da Cruz Vermelha Espanhola na Andaluzia, foi organizado um centro de atendimento ao cidadão com diferentes áreas de afiliação das pessoas afetadas, primeiro atenção às vítimas em termos de suprimentos, necessidades básicas e saúde; atendimento psicossocial a pessoas afetadas por estresse, gestão de alojamentos alternativos e atendimento às necessidades de pessoas com diversidade funcional.
A ação no resgate de estruturas desabadas ocupou a terceira oficina, onde os alunos puderam exercitar os pressupostos de uma casa afundada pelo terramoto e de um posterior deslizamento que a soterrou; bem como um edifício cujos telhados desabam, mas as paredes permanecem de pé. O Grupo de Resgate de Bombeiros de Granada, a Câmara Provincial de Sevilha e a UME realizaram as manobras de resgate dos presos em ambos os casos.
Por último, foram realizados trabalhos na fase de inspeção e avaliação de danos nos edifícios afetados pelo sismo, para que estivesse disponível um drone que proporcionasse uma visão rápida da zona afetada pelo sismo.
Com estas ações foi dado o toque final a um encontro que reuniu profissionais de referência na área de estudo e gestão do fenómeno sísmico. A boa recepção da proposta curricular e a grande procura de participantes já fazem com que os seus organizadores pensem em novas edições que contribuam para a melhor formação dos profissionais de emergência andaluzes.
“Desta forma concretizamos o objetivo deste instituto: proporcionar formação de qualidade para enriquecer o capital humano dos serviços de segurança pública que acabará por resultar numa melhor assistência aos cidadãos”, afirmou a diretora do IESPA Assunção Grávalos.