Neste verão, a Polícia Nacional intensificou a luta contra os cultivos de maconha no bairro sevilhano das Três Mil Casas, em resposta ao “aumento desproporcional” deste tipo de plantações que se tem observado na capital sevilhana e aos danos colaterais que eles geram.
Segundo a Polícia Nacional em comunicado, além de aumentarem a presença policial nas zonas negras associadas ao cultivo e à venda direta, os agentes têm realizado uma infinidade de artifícios, que têm levado a diversas entradas e buscas onde foram detidas mais mais de uma dezena de pessoas e apreenderam brotos, haxixe, plantações de maconha, entre outros tipos de substâncias, além de facas e uma caneta.
Operação Foxtrot, Basilisk, Pit Vegas ou Pom
Para pôr fim a esta situação, a Polícia Nacional criou um grupo específico de luta contra a marijuana em Sevilha, com o objectivo de enfrentar os problemas gerados por este tipo de actividades criminosas.
Durante os meses de verão, os agentes intensificaram o seu trabalho no bairro de 3.000 habitações, realizando dispositivos de controlo policial, que se materializaram no desenvolvimento de operações como Foxtrot, Basilisco, Pit Vegas ou Pom.
No âmbito das referidas operações, os agentes realizaram buscas em inúmeras residências, nas quais foram observadas fortes medidas de segurança, todas localizadas nos pontos negros do bairro, onde mais de uma dezena de pessoas foram detidas pela prática de crimes contra a saúde pública. , dos quais três foram diretamente para a prisão.

Além de desmontar plantações nas Três Mil Casas, principalmente em ambientes fechados, e pontos de venda de outras substâncias nocivas à saúde, os agentes apreenderam inúmeras facas, 40 kg de botões embalados a vácuo, plantas de maconha em todos os seus estágios de desenvolvimento. , 1 kg de haxixe, cocaína e heroína, em doses preparadas para venda. Além de dinheiro fracionado, típico do tráfico ilegal de drogas, e uma caneta-arma, considerada arma proibida.
Segundo a Polícia Nacional, a marijuana é um problema que não só afecta a saúde de quem a consome, mas também que as investigações revelam a sua estreita relação com crimes conexos como o tráfico de droga de heroína ou cocaína, o branqueamento de capitais, a fraude eléctrica, a posse ilícita de armas ou o que no jargão policial é conhecido como “tornamentos”, roubo de substâncias ilegais entre organizações, que por sua vez levam a outros crimes que afetam a vida ou a integridade física das pessoas, gerando insegurança social.
Reclamações anônimas
A Polícia Nacional convida a população a informar de forma “completamente anónima” aos agentes qualquer informação relacionada com o tráfico de droga através do email [email protected] ou através do site oficial www.policia, onde existe uma secção específica para o efeito.