Desemprego na Andaluzia aumenta em 15 mil pessoas no verão

Na Andaluzia, o desemprego é de 768.300, Mais 15 mil trabalhadores que no trimestre anterior, um aumento de 2,00%, segundo a Pesquisa da População Ativa (EPA). No último ano, o desemprego foi reduzido em 141 mil trabalhadores, uma diminuição de 15,51%, percentagem que melhora a taxa registada no último trimestre (-13,24%) e também supera a descida do desemprego anual no conjunto do Estado ( -12,78%).

A Andaluzia tem 3.280.600 trabalhadores, mais 0,06% que no trimestre anterior (2.100 postos de trabalho criados), outro indicador abaixo do aumento estatal, que atingiu 0,38%. No último ano foram criados apenas 133 mil empregos (4,23%), embora neste caso a uma taxa superior à do conjunto do Estado (2,57%).

O população ativa na Andaluzia é de 4.048.800 pessoas, mais 0,42 (17,1 mil trabalhadores) que no trimestre anterior. Com este segundo mês consecutivo com ligeiros aumentos, continua a manter activos acima dos quatro milhões. No último ano, porém, a população ativa diminuiu 8 mil trabalhadores, 0,20%, enquanto a nível estadual não só não diminuiu como aumentou 0,33%.

A taxa de actividade andaluza recupera ligeiramente em alta e fixa-se em 56,93%, pouco mais de uma décima superior à registada no segundo trimestre do ano (56,80%). Apesar disso, continua abaixo do obtido para o conjunto do Estado (58,86%), o que também aumenta, ainda mais do que o crescimento registado na Andaluzia.

Taxa de desemprego na Andaluzia

A taxa de desemprego sobe três décimas, para 18,98%, embora pelo terceiro trimestre consecutivo permaneça abaixo dos 20%, embora seja mais uma vez a mais elevada a nível estadual, ultrapassando as Ilhas Canárias em mais de um ponto (17,73%) . No conjunto do Estado, também sobe para 12,67%.

Por sectores, neste trimestre é a construção (-17,80%) e o grupo de desempregados à procura do primeiro emprego (-0,77%) que ficam de fora do aumento do desemprego que tem ocorrido, com grande força, na agricultura (17,46%). %) e na indústria (12,03%), mas que também tem estado presente nos serviços (2,82%). Em termos homólogos, apenas o desemprego aumentou na indústria (27,36%). Pelo contrário, diminui na construção (-38,20%), na agricultura (-27,38%), no grupo de trabalhadores que procuram o primeiro emprego ou que abandonaram o último emprego há mais de um ano (-16,80%). ). e em serviços (-9,10%).

Por províncias, o desemprego cresce em Huelva (33,44%), Almería (28,70%), Córdoba (7,43%), Granada (1,69%) e Sevilha (1,26%). Em sentido inverso, diminuiu em Málaga (-9,57%), Cádiz (-3,90%) e Jaén (-3,70%). Em termos interanuais, registaram-se diminuições do desemprego em todas as províncias, exceto em Granada (4,07%). Os mais destacados foram os de Huelva (-35,58%), Sevilha (-21,80%) e Málaga (-20,95%).

Por sexo, o desemprego diminuiu, face ao trimestre anterior, entre os homens (-0,12%), afetando assim todo o aumento do desemprego trimestral entre as trabalhadoras (3,72%). No último ano, o desemprego foi menor para os homens andaluzes, que registam uma taxa de -20,84%, enquanto para as trabalhadoras o desemprego caiu praticamente para metade, -10,76%.

A taxa de desemprego juvenil volta a aumentar e passa para 35,92%, 2,5 pontos acima da do trimestre anterior (33,59%) e ainda 5 pontos acima da obtida pelo conjunto do Estado (31,01%).

O número de desempregados de longa ou muito longa duração volta a reduzir significativamente, em 46,2 mil trabalhadores, atingindo 325,5 mil, 42,30% do total de desempregados, 7 pontos abaixo do peso relativo que representavam no último trimestre (49,35%).

Por Comunidades Autónomas, a Andaluzia (18,98%) continua a ter a maior taxa de desemprego entre todas as Comunidades Autónomas. Em contrapartida, as Ilhas Baleares (5,79%) são agora a Comunidade Autónoma com a taxa de desemprego mais baixa, seguidas por La Rioja (8,03%), País Basco (8,29%), Cantábria (8,61%).%) e Castela e Leão (8,91%).

UGT justifica as mobilizações

Os dados negativos da Andaluzia “justificam plenamente o calendário de mobilizações que a nossa UGT está a realizar”, afirma o sindicato, “para a recuperação dos direitos laborais, sociais e económicos perdidos durante muitos anos de políticas pensadas para que nós, os trabalhadores, fôssemos aqueles que “suportaríamos os efeitos das crises económicas”.

«Temos que continuar denunciando a enorme perda de poder de compra que sofre a classe trabalhadora andaluza. No contexto do ciclo inflacionário que atravessamos, com valores homólogos que recentemente ultrapassaram os 11%, é inaceitável que os aumentos salariais dos acordos assinados na zona de negociação andaluza incluam um aumento de arrecadação de apenas 2,33 % de acordo com os últimos números publicados pela CARL no seu Relatório de Negociação Coletiva”, afirma.

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