Denunciam deficiências nas ambulâncias de suporte de vida do distrito de Sevilha

O Sindicato Médico de Sevilha (SMS) denuncia as deficiências que o Distrito de Sevilha sofre há anos no fornecimento de ambulâncias de suporte avançado de vida no serviço de emergência extra-hospitalar (SUAP).

As ambulâncias encontram-se fora de serviço por avarias devidas à sua idade (por exemplo, fumo de escape entra na cabine, avariam-se durante uma transferência urgente, as portas não fecham…)

A SMS esclarece que estes veículos têm sido usados ​​para substituir ambulâncias ocasionalmente há anos, mas “desde abril de 2022 uma ou duas das seis equipas móveis da capital têm viajado no VIR de forma sistemática. Esta situação foi por diversas vezes levada ao conhecimento da Direcção do Distrito de Sevilha e da Saúde Ocupacional, sem que até agora se tenha procurado uma solução para este grave problema.

Em suma, das seis equipas que assumiram os avisos na cidade de Sevilha, apenas quatro têm ambulâncias de suporte avançado de vida estáveis. Dois outros fazem isso nos VIRs. Além disso, o SMS destaca que três dos seis computadores não possuem tablet, ferramenta necessária para que o médico acesse o histórico pessoal, alergias e tratamentos anteriores do paciente que está atendendo, bem como para que a assistência prestada fique registrada em seu Prontuário Digital em Mobilidade (HCDM).

Um risco para a vida dos pacientes

Essa escassez de recursos está ocasionando avisos de urgência em que a vida da pessoa corre risco de ser atendida com veículos que não permitem a transferência urgente para o hospital. Nesses casos, os profissionais devem aguardar a chegada de uma ambulância para permitir a transferência. Além de representar risco à vida dos pacientes, essa situação causa intenso estresse aos profissionais e os expõe à pressão do ambiente do paciente.

Estas deficiências, que afetam não só as equipas móveis, mas também as consultas presenciais ou telefónicas com o Médico de Família, estão a provocar uma grave sobrecarga dos postos de urgência, cujos médicos têm muitas vezes de atender mais de 200 doentes num plantão de 24 horas.

«Continuamos à espera que o Ministério da Saúde implemente a limitação das agendas nos Cuidados Primários e desanima-nos assistir a um agravamento das urgências extra-hospitalares que os SAS se mostram incapazes de resolver. As demandas das SUAPs continuam sendo ignoradas pela Administração, que posterga indefinidamente a solução ao atrasar sistematicamente as negociações sobre uma mesa emergencial totalmente inoperante há anos”, lamenta a SMS.

Do Sindicato Médico de Sevilha se exige que os SAS dotem adequadamente a SUAP do Distrito de Sevilha com as ambulâncias de suporte avançado de vida necessárias para atender a população de Sevilha, bem como com pessoal médico suficiente para atender os centros de emergência da Atenção Primária.

«Continuar a esconder a realidade de que as emergências extra-hospitalares da experiência do distrito de Sevilha põem em risco a saúde dos cidadãos e aumentam a insatisfação e os motivos de abandono dos médicos que são obrigados a trabalhar nestas condições. Se o SAS não enfrentar esses graves problemas, seremos obrigados a convocar novas mobilizações em defesa da saúde da população e dos direitos dos médicos», conclui o Sindicato dos Médicos de Sevilha.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *