A Secção Sindical do CCOO de Sevilha em Correos denunciou o falta de recrutamento “desproporcional” nos Correos devido ao caos organizacional na gestão da produção da zona sul.
O Sindicato constatou que nas unidades de entrega da província de Sevilha, bem como no Centro de Tratamento Automatizado (CTA), existe “um déficit desproporcional na contratação de pessoal, com unidades com 50% das seções descobertas e com acúmulo excessivo de carga de trabalho nos centros que não é possível atender”. “Assim é impossível atingir os padrões de qualidade que a prestação do Serviço Postal Universal que nos confiamos enquanto operador público nos exige”, lamentam do CCOO.
CCOO aponta falta de organização
«Este caos e descontrole está a dar origem a uma precariedade brutal das condições de trabalho e a uma grande falta de controle organizacional, que acaba cobrando seu preço em todas as áreas: aos funcionários dos Correios, pelo aumento do absenteísmo por essas sobrecargas de trabalho (com o prejuízo econômico que isso acarreta); aos cidadãos, oferecendo um serviço público ineficiente e esporádico; e para a empresa, devido ao elevado número de afastamentos. Tudo isso é causado pela falta de previsão, organização e contratação por parte dos chefes de gestão da produção na zona sul”, explicam da Seção Sindical CCOO de Sevilha em Correos.
Por esta razão, o CCOO em conjunto com a UGT, há três anos, vem rejeitando e enfrentando por meio de mobilização e denúncia o processo de desmantelamento dos Correos contemplado no plano estratégico negociado com CSIF, SL, CGT, CIGA e ELA e assinado em dezembro de 2021 pelos dois primeiros.
Para a Secção Sindical do CCOO de Sevilha em Correos, “é aberrante que, em vez de desenvolver estas unidades aproveitando o seu potencial, o plano de desmantelamento de Serrano procure uma modelo de negócio amazonizado, em que desaparecem as secções (o novo modelo de correios endossado pelo CSIF e SL), cortando direitos, precarizando o emprego e impondo mobilidade sem aviso prévio sem qualquer negociação. O CCOO exige que se ponha fim a esta má gestão, que considera um fracasso absoluto.
Resposta dos Correios
Por sua vez, a empresa estatal de correio informou que “toma as medidas organizacionais necessárias para garantir plenamente a prestação de serviços postais e de encomendas, bem como o atendimento ao cliente em toda a província de Sevilha”.
Dos Correios destacam que a empresa “garante a sua prestação em condições de equidade, acessibilidade, acessibilidade e não discriminação estabelecidas pela Lei”. É por isso que, como indicam, têm “a obrigação de reforçar a sua abertura a outros setores e de diversificar a sua atividade, alocando de forma eficiente os seus recursos, tanto humanos, logísticos e tecnológicos, para que em função da produção, que é flutuante, adaptem o seu pessoal e as suas estruturas ao nível de atividade real”.
“Especificamente, no Centro de tratamento automatizado de Sevilhao contratando de pessoal nos meses de janeiro e fevereiro de 2023 aumentar 10,40% e 7,5%, respectivamente, em relação a esses mesmos meses do ano de 2022″, dizem. Da mesma forma, alegam que “a queda do cartão postal, acelerada pela pandemia que levou a uma queda de uma média de 11 milhões de cartas por dia para 4 milhões, torna necessário processo de transformação do modelo de negócio para geração de receita que em nenhum caso implique enfraquecimento do serviço, ou fechamento de escritórios, ou qualquer processo de demissões. “A empresa compromisso com o emprego estável e de qualidadebem como para o desenvolvimento profissional de seus colaboradores”, concluem.